7 de agosto de 2013

O adversário de Luís Fernando


Publicado por johncutrim
O grande e principal adversário do candidato do governo na próxima eleição, Luís Fernando Silva, não serão Flávio Dino, Eliziane Gama, ou outros que ainda venham a surgir; não será a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, nem a multidão de votos migrando para Marina Silva e Eduardo Campos e, consequentemente, mudando probabilidades eleitorais em todos os estados. Mesmo porque já não é certo que os Sarney continuem apoiando a reeleição da presidente e o PT, os dois em queda livre neste momento na opinião pública.
O principal adversário de Luís Fernando Silva será a História. Lemos à exaustão a polêmica em torno de um elogio que teria sido feito por Flávio Dino ao escolhido do grupo Sarney. Mas para fazer oposição e pregar mudanças estruturais no modo de fazer política é preciso ser verdadeiro e não há desdouro em elogiar ou reconhecer o trabalho de adversários. Pelo contrário, esse tipo de atitude, rara na política, é um sinal inconfundível de seriedade e clareza de propósitos.
Pessoalmente, Luís Fernando é ainda um candidato sem máculas. Não pode ser acusado de corrupção e, menos ainda, de incompetência, visto que sua única aventura administrativa antes da Casa Civil e da Secretaria de Obras foi a Prefeitura de São José de Ribamar, onde conseguiu reconhecimento nacional, aprovação popular histórica e nunca teve que responder a processos por quaisquer tipos de improbidades.
O principal adversário de Luís Fernando, portanto, será a História, por conta de suas ligações inegáveis com o grupo Sarney; este sim, responsabilizado historicamente pela pobreza geral do Maranhão, pelo abandono da capital do Estado, pela ausência de investimentos na Educação, pela falência da agricultura, por inapetência para gerir as demandas sociais e que só agora, quase 50 anos depois, está investindo trabalho e recursos no Sistema Estadual de Saúde do Maranhão.
É a própria História que dá sinais de fadiga com o grupo Sarney, e candidato do governo terá uma tarefa muito difícil para convencer a população de que não representa a continuidade desse modelo político que travou econômica, administrativa e socialmente o Maranhão.
A vida partidária virou um tumulto, as diversas correntes dentro do grupo Sarney começam a se roer por dentro, inclusive com acusações públicas e denúncias apócrifas de corrupção – o fogo amigo que vai bater em forma de documentos em mãos de oposicionistas.
Essa de conter a História, além, é claro, de romper a lógica das pesquisas desfavoráveis, não por sua culpa, mas pelo governo que representa, será a tarefa mais árdua do candidato que saiu do anonimato muito recentemente para disputar uma eleição majoritária que promete ser a mais difícil do grupo Sarney nos últimos 50 anos. E todos sabem que enfrentar o poder é uma coisa; enfrentar a História é tarefa bem mais difícil, mas não é de todo impossível. É uma questão de lutar e ter fé. (Editorial do Jornal Pequeno)

Nenhum comentário:

Postar um comentário