Sob seu
domínio e de aliados, o Maranhão sempre ostentou os piores indicadores sociais
do país. A mídia nacional sempre destacava o Maranhão como um Estado pobre
e arrasado pela miséria.
O secretário
de Estado de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, comenta a publicação do
caderno especial do EMA sobre os 50 anos de trajetória política de Sarney
O Jornal O
Estado do Maranhão deste domingo (31) traz um caderno especial destacando os 50
anos de trajetória política do ex-presidente e ex-senador José Sarney. Como era
de se esperar, Sarney é colocado como a maior liderança política maranhense nas
últimas cinco décadas e responsável pelo desenvolvimento do Estado.
No entanto,
é bom observarmos que Sarney não tem tantos motivos para comemorar esses 50
anos de trajetória política. Depois de todo esse tempo de domínio político, não
foi capaz de construir uma liderança forte que o substituísse ao fim da
trajetória, nem tampouco de combater a pobreza e a miséria que assola grande
parte dos municípios. Sob seu domínio e de aliados, o Maranhão sempre ostentou
os piores indicadores sociais do país.
A mídia
nacional sempre destacava o Maranhão como um Estado pobre e arrasado pela
miséria. Para completar a tragédia, o seu protótipo de liderança, a filha
Roseana, foi um desastre nas quatro vezes em que esteve no comando do Estado.
Sarney chega
ao fim de linha da trajetória política depois de mais uma derrota para as
forças de oposição no Estado. A primeira foi com Jackson Lago, em 2006, mas que
sofreu perseguição desde o primeiro dia de governo e foi apeado do poder por um
golpe da oligarquia - que ainda tinha força nos tribunais – dois anos
depois. A segunda grande derrota foi para Flávio Dino, em 2014. Um duro golpe
do poder oligárquico. Perdeu o domínio político no Estado e foi enfraquecido no
plano nacional por ficar sem mandado e , ainda, por ter seus principais
expoentes - Roseana e Lobão - citados na 'Operação Lava Jato'.
Ao tomar
conhecimento da publicação do caderno especial dos 50 anos do oligarca na
política, o professor e Secretário de Estado de Direitos Humanos, Francisco
Gonçalves, em sua página no facebook, contesta esse ‘endeuzamento’, afirmando
que o tal desenvolvimento do Maranhão foi predatório e marcado pela
concentração de renda, com um legado que representa a perversidade das elites.
“Ao final do
quarto mandato de Roseana Sarney, o Maranhão reunia os piores indicadores de
desenvolvimento humano do país”, disse o secretário.
Confira o
que escreveu Francisco Gonçalves sobre os 50 anos de Sarney na política.
50 anos
depois, apenas duas lideranças políticas parabenizaram Sarney no caderno
especial publicado pelo jornal O Estado Maranhão, neste domingo: o filho e o
neto.
Depois de
quase 50 anos no controle do governo estadual, a família Sarney deixou um
legado representativo da perversidade das elites: desenvolvimento predatório e
concentração de renda. Ao final do quarto mandato de Roseana Sarney, o Maranhão
reunia os piores indicadores de desenvolvimento humano do país.
Contrariado
pelas críticas, Sarney chegou a contestar o indicador de renda familiar e a
defender o PIB como único critério válido de aferição de desenvolvimento, sem
levar em conta a distribuição de renda e a qualidade de vida das pessoas.
Ao longo das
últimas cinco décadas, o Maranhão viveu o ciclo de concentração de renda e
poder, o que levou a maioria dos maranhenses, em 2014, a mandar um recado: era
hora de acabar governo de pai para filha, de filho para neto
Do Gilberto Lima
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