A
ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao
mandato em dezembro de 2014, recebe uma aposentadoria vitalícia de R$ 25
mil por mês.
Roseana, que já foi senadora, soma esse valor aos R$ 23,8
mil que já recebe por ser aposentada do Senado Federal desde 2013.
A ex-governadora também tem à sua disposição, de forma
vitalícia, cinco funcionários e um carro. Tudo isso bancado com recursos
públicos.
O pai de Roseana, o ex-presidente do Senado, José Sarney, que
governou o Maranhão até 1971, é um dos que recebe o benefício. A assessoria
dele não confirma o valor recebido. A legislação do Maranhão, segundo a OAB do
Estado, prevê aposentadoria de R$ 24 mil a quem ocupou o cargo por, no mínimo,
seis meses.
O legado tenebroso de Roseana
Em quatro mandatos de Roseana Sarney (1995/1998; 1999/2002;
2009/2010 e 2011/2014), a população maranhense padeceu com miséria, atraso e
retrocesso, resultado das administrações desastrosas do clã Sarney. Nesse
longo período de desgoverno, Roseana deixou 2 milhões de maranhenses
abaixo da linha de miséria (renda per capita de R$ 70 por mês); 64% da
população passando fome e os piores indicadores sociais. Roseana saiu do cargo
com o Maranhão tendo as três piores cidades em renda per capita do
Brasil – das 100 cidades com pior IDH, 20 do Maranhão; com apenas 6,5% dos
municípios maranhenses com rede de esgoto e dos 15 municípios brasileiros com
as menores rendas, segundo o IBGE, dez situados no Maranhão (é o estado
brasileiro com maior percentual de miseráveis). O Maranhão tinha, em 2012,
governado por Roseana Sarney, a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e
adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever e
altas taxas de mortalidade infantil. O estado, nas gestões da filha do
ex-senador José Sarney, viveu seus piores momentos, foram dias de fome, grande
insegurança, desemprego em alta, ciclo aterrorizante encerrado com a saída de
Roseana do Palácio dos Leões em 2014.
Do John Cutrin
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