Um jovem de 19 anos, identificado
como João de Deus Cruz Campos, o “Joãozinho”, teve a cabeça decepada, no fim da
noite desta segunda-feira (7), em um matagal no Fumacê, no eixo Itaqui-Bacanga,
em uma região conhecida como Campo Grande. Durante o dia de ontem (8), quatro
suspeitos de participação no crime foram presos, incluindo um adolescente de 17
anos.
Conforme informações do delegado
Jesus Chaves, titular interino do 5º Distrito Policial (DP), Anjo da Guarda,
seis pessoas teriam levado a vítima para dentro de uma extensa área de mato, às
margens da Avenida dos Portugueses, no Campo Grande ou “Caixa Baixa”, por volta
das 23h, e, na vegetação, teriam torturado o rapaz e o degolado ainda vivo. Em
seguida, jogaram a cabeça perto de lá, e saíram do local, já na madrugada desta
terça-feira.
Homens do Instituto de Criminalística
(Icrim) e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no matagal, mas só
encontraram o corpo de “Joãozinho” – que tinha várias passagens no 5º DP por
pequenos furtos e era usuário de drogas -, pois, como estava escuro, dificultou
a localização da cabeça. Já no turno matutino, a equipe do distrito policial do
Anjo da Guarda, segundo o delegado, iniciou as diligências e prendeu Denielson
Rodrigues Pereira, 24, o “Zonzon”; José Marcos Pinto Torres, 28, o “Marquinhos”
ou “Torres”, e Gleidson Serra Teixeira, 23, conhecido como “Badu”.
Além de terem apreendido o
adolescente, que teria participado de todos os passos do assassinato. Eles
foram encontrados no Anjo da Guarda, sendo que “Zonzon” estava dormindo em
casa, na Rua Suécia, no momento da chegada dos policiais civis. “Badu” teria sido
a pessoa que jogou a cabeça do jovem no matagal. No entanto, frisou o delegado
Jesus, outros dois envolvidos na decapitação escaparam, sendo identificados
como Rogério Pinheiro Dias, o “Labau”, e Jonas Silva Santos, 25, o “Jota B”.
Estes permanecem sendo procurados.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
A investigação e o depoimento dos
presos apontaram que João de Deus (morador da Rua Zâmbia, no Fumacê) foi morto
porque estaria em dívidas com parte dos suspeitos, após ter roubado fios de
cobre da Vale e não ter repassado o dinheiro ao grupo, “comendo sozinho” a o
valor apurado com a venda do material. Por conta disto, “Zonzon” teria
decretado a sua sentença, recrutando os seus comparsas para o matarem.
CABEÇA ENCONTRADA
Após quase um dia de buscas pela
cabeça de “Joãozinho”, policiais do 5º DP a localizaram, perto das 15h30, nas
proximidades do local em que o corpo estava. Como o mato era alto e denso, a
comunidade do Fumacê se disponibilizou para ajudar, abrindo caminho entre as
plantas com facões. Os removedores do IML a recolheram de lá.
Do Jp
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