Pouca gente
de fato percebeu, mas desde a vitória de Flávio Dino (PCdoB), boa parte da
comunicação maranhense entrou em ebulição.
Com a
derrota do clã Sarney, a fragilidade empresarial do seu império midiático ficou
exposta e o sistema de manipulação de notícias da oligarquia começou a ruir.
As demissões
foram inevitáveis. Segundo informações de entidades de classes, mais de 300
funcionários ficaram desempregados e, de repente, pessoas que juraram lealdade
à família tornaram-se descartáveis, sucumbindo a uma gestão maquiada pelas
benesses do poder.
A crise
econômica e de identidade que o Sistema Mirante de Comunicação atravessa é
reflexo de uma realidade que cresceu silenciosa, contaminando gradativamente a
sociedade maranhense.
A Mirante
tem a maior audiência, todavia não possui qualquer credibilidade. A audiência
herdada da Rede Globo mantém os televisores ligados por força do hábito, mas a
manipulação comprovada através dos anos aumentou a rejeição da população
pela família Sarney e do seu sistema de comunicação.
Ojeriza
comprovada nas urnas com a derrota esmagadora do seu grupo político e do seu
império midiático que fracassou na tentativa de desconstruir a imagem de Flávio
Dino desde o início de sua carreira política.
Derrotados e
sem o protecionismo governamental, os coronéis da mídia maranhense buscaram,
ainda em 2014, uma aproximação à esquerda com a Prefeitura de São Luís. Na
época, foi rechaçada qualquer possibilidade de acordo.
Em 2015, no
entanto, a boia de salvação da Mirante foi lançada. Foi elevado ao comando da
“Seconzinha” um antigo funcionário do sistema. Subserviente,
este certamente temeria as pragmáticas pressões da comunicação
sarneyzista.
O vassalo
cedeu, afinal foi doutrinado jornalisticamente sem construção de valor e
orientado a olhar por cima da competência, lealdade e legitimidade de
profissionais de comunicação que não sejam atrelados ao sistema.
Infelizmente,
o eterno empregado de Fernando e Tereza Sarney não conseguiu enxergar além
da redoma e perceber o óbvio: audiência sem credibilidade não oferece resultado
positivo.
O sujeito
nem se deu ao trabalho de pesquisar a história recente. O grupo Sarney e o
Sistema Mirante perderam pelo menos as seis últimas eleições municipais. Ele
sequer levou em consideração o ataque político e pessoal que Flavio Dino e
Edivaldo Holanda Junior (PDT) sofreram nas campanhas de 2012 e 2014 – e mesmo
assim saíram vitoriosos.
Para piorar,
de acordo com as últimas pesquisas, mesmo com o pequeno crescimento do prefeito
em poucos itens divulgados, os números para consumo próprio não são nada
animadores e o privilégio dado ao Sistema Mirante está custando muito mais caro
que o preço de tabela.
Uma dica aos
“comandantes” da comunicação no estado: a vitória libertadora do governador
Flavio Dino na última eleição foi uma carta de alforria para todos
os maranhenses. Ninguém precisa mais ficar preso ao senhorio à
casa-grande.
Do Marrapá
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