Do Maranhão da Gente
Os assustadores índices de
violência do estado, que crescem a passos largos, também foram destaque em um
dos jornais mais importantes do mundo, o The New York Times. O caso do árbitro
decapitado e esquartejado em PIO XII, à época também amplamente noticiado pela
imprensa nacional, foi pauta do jornal norte-americano, que abordou os índices
de violência, a pobreza e a falta de investimentos em segurança no estado.
Os números atestam o que os
cidadãos vivenciam todos os dias, o Maranhão está tomado por uma onda
violência. Assaltos, homicídios, rebeliões e assassinatos dentro dos presídios.
O ano de 2013 já é o mais
violento desde 2009 quando verificado o número de assassinatos somente na
região metropolitana da capital. Em 2009, os crimes de morte totalizaram 557.
Agora, em 2013, o número de mortes já ultrapassa 700.
O estado ocupa a última
colocação na distribuição de policiais por habitantes. A proporção é de 29,22
agentes destacados para cada 100 mil habitantes.
Diante dessa realidade, o
sargento Antonio Lima de Carvalho, lotado no município de Pio XII, relatou ao
jornal norte americano a real situação da segurança no Maranhão. “Infelizmente
estamos atrasados em tudo no Maranhão – carros de polícia, homens,
infra-estrutura, telefones. Nós nem sequer temos rádios”, disse o sargento.
Recentemente, em reunião na
Assembleia Legislativa o próprio secretário de segurança admitiu o baixo
efetivo de policiais dificulta o combate à violência e criminalidade. “Nós
temos a pior relação policial/habitantes do Brasil e isso complica a
implantação de políticas novas em segurança pública” comentou o secretario na
ocasião.
Indiferença
Mesmo com a onda de violência
fora de controle no estado, no que tange à segurança pública o governo do
estado continua dispensando indiferença. A prova disso é o projeto de lei
orçamentária de 2014.
Na semana passada, o deputado
Rubens Pereira Júnior denunciou, em seu pronunciamento, que o governo pretende
cortar em R$ 6 milhões o orçamento da Secretaria de Estado da Segurança
Pública.
“Vale a pena fazer tanto
empréstimo assim e cortar água do maranhense e tirar o dinheiro da educação? Em
relação a Secretaria de Segurança, alguém vai dizer: não, tenho certeza de que
o governo não cortou orçamento da segurança, em meio a este caos instalado?
Tiraram R$ 6 milhões da Secretaria de Segurança. Nós vamos aceitar calados?
Certamente, não”, disse o deputado.
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