A cidade de Alto Parnaíba, situada a 1.100 km de São Luís, tem
apenas uma escola estadual criada há mais de 40 anos e que há tempos espera uma
reforma. Na rotina dos alunos o guarda chuva se tornou item de primeira
necessidade, especialmente no final do ano quando começa o período chuvoso na
região. “No dia de chuva os alunos abrem os guarda-chuvas perante a aula,
para ver se consegue estudar sem se molhar, ou até mesmo para não molhar
o material escolar”, relata Maciane Folha, aluna do segundo ano do Ensino
Médio.
Recentemente,
outra aluna da escola, Bruna Queiroz, denunciou nas redes sociais a situação do
prédio e o caso até rendeu matéria divulgada pelo site Maranhão da
Gente. A aluna do terceiro ano do ensino médio, Bruna Queiroz,
está deixando a escola sem ver a reforma esperada por tanto tempo e outros
alunos como Maciane Folha já sabem que vão encarar mais um período de
contratempos com a chuva tendo de se equilibrar ente proteger o material
escolar da água que cai das goteiras, e se concentrar nas aulas ministradas em
condições precárias.
A situação da escola já chegou a ser denunciada ao Ministério
Público e o tempo de espera por solução dos problemas enfrentados pelos estudantes
da única escola da rede pública estadual na cidade não se resume apenas a
atuais estudantes da escola. Andressa Almeida, atualmente na universidade e
ex-aluna da escola Vitorino Freire lembra que isto já é uma novela antiga.
“Entrei na escola em 2003 quando fui fazer a 5 serie e sai de 2009 quando
terminei o 3 ano hoje estou terminando a faculdade. Esta promessa de reforma é
antiga e principalmente repetida em ano eleitoral”, comenta.
O festival de goteiras no telhado aliado à péssima situação das
instalações elétricas da escola já provocou episódios que quase resultam
em ferimentos nos estudantes. “Uma vez uma lâmpada explodiu e quase cai em cima
de minha cabeça na sala de aula, tive que sair correndo”, revela a estudante
que descreve um cenário caótico da escola apresentando como principais
problemas a fiação elétrica exposta e a água acumulada nos corredores, tornando
quase impossível estudar no local.